A condição humana e as suas incertezas, às vezes, me fazem refletir, por que somos tão ligados a tudo que é exato e inteiro, ao que é inatingível e perfeito?
A vida é cheia de pedaços e cacos, todos tão palpáveis e imperfeitos como nós. Acho graça, em certos momentos, de algumas pessoas que exigem de si mesmas aquilo que elas tem certeza de que não podem conseguir. Cada um tem suas potencialidades e pontos fracos, e isso é o que nos torna humanos e essencialmente únicos.
Eu sou feliz sendo quem sou, conheço a maioria dos meus defeitos bem como a maior parte de minhas qualidades. O que, realmente, me desagrada são certas pessoas que sempre nivelam o mundo baseadas em si mesmas. Esse tipo de atitude sempre leva a desentendimentos, e algumas vezes os envolvidos saem machucados.
É muito mais fácil, aceitar suas fraquezas e administrá-las do que ignorá-las. Tratar nossas fraquezas como coisas inaceitáveis é ridículo, basta saber lidar com elas, pois ignorar elas só vai trazer mais problemas. Explorar nosso potencial, desenvolvendo nossas qualidades, é essencial, pois um dom ou uma dádiva, ou como quer que chamem, que não é desenvolvido e corretamente aproveitado acaba produzindo indivíduos frustrados. O que importa no final das contas é apenas ser verdadeiro e honesto consigo mesmo. Por isso, ser perfeito e seguir ideais perfeccionistas não é algo que eu queira para mim, continuo e continuarei sendo imperfeito e tangível, cheio de pedaços que não se encaixam. Eu prefiro ser contraditório, aliás escolho ser, porque se negasse a mim mesmo as incertezas tão humanas que tenho em mim, eu estaria negando a minha condição humana e disso tenho certeza.